Cerca de 60 mil pessoas foram forçadas a deixar a zona de fronteira entre Tailândia e Camboja nesta sexta-feira, 25, devido a intensos confrontos que já resultaram na morte de pelo menos 14 tailandeses e uma vítima cambojana. Os deslocados buscaram abrigo temporário em quatro províncias tailandesas afetadas pelo conflito, enquanto 4 mil cambojanos evacuaram áreas próximas à fronteira.
Os confrontos começaram em maio, após a morte de um soldado cambojano, e se intensificaram na quarta-feira, 23, quando cinco soldados tailandeses foram feridos por uma mina terrestre em uma área disputada. A Tailândia acusou o Camboja de colocar minas em locais considerados seguros, levando à expulsão do embaixador cambojano e à retirada do embaixador tailandês do país vizinho.
As tensões na fronteira de 800 quilômetros, que já foram palco de conflitos limitados no passado, se agravaram com relatos de confrontos em várias áreas, incluindo Chong Bok e Phu Makhuea. O Exército tailandês informou que um soldado e 13 civis, incluindo crianças, foram mortos, enquanto o Camboja confirmou a morte de um homem atingido por um foguete tailandês em uma pagoda budista.
Ambos os países negam as acusações de ataques a civis, com o Camboja afirmando que os ataques aéreos tailandeses atingiram áreas próximas ao templo de Preah Vihear, um patrimônio mundial da UNESCO. A situação continua a se deteriorar, com a comunidade internacional observando atentamente o desenrolar dos eventos.