O governo da Síria mobilizou forças de segurança para a região de Sweida, no sul do país, em resposta a confrontos intensificados entre drusos e beduínos, que persistem desde o último sábado (19 de julho de 2025). A violência, que já resultou na morte de pelo menos 940 pessoas, segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (SOHR), ocorre em meio a tentativas de implementar um cessar-fogo. Repórteres da agência Reuters relataram tiros e explosões na cidade e em vilarejos adjacentes, evidenciando a gravidade da situação.
Os confrontos, que começaram na semana passada, refletem a crescente tensão sectária entre os drusos, uma minoria religiosa da região, e tribos beduínas sírias. A escalada de violência representa um desafio significativo ao governo interino liderado por Ahmed al-Sharaa, que assumiu após a queda do presidente Bashar al-Assad em dezembro de 2024. As autoridades sírias pediram a todos os envolvidos que cessem os combates, mas a situação continua crítica.
Além disso, a situação atraiu a atenção internacional, com Israel realizando ataques aéreos no sul da Síria, alegando proteger a comunidade drusa. O presidente interino Ahmed al-Sharaa criticou os ataques israelenses e afirmou que a mediação árabe e americana havia contribuído para a restauração da calma antes da recente escalada. Enquanto isso, as visões dos Estados Unidos e de Israel sobre a Síria divergem, com Washington apoiando um governo centralizado sob al-Sharaa, enquanto Israel considera o governo como uma ameaça às minorias locais.