Na quinta-feira, 24 de outubro, confrontos entre soldados da Tailândia e do Camboja resultaram na morte de 11 civis e um militar tailandês ao longo da fronteira disputada entre os dois países. As autoridades tailandesas relataram que o conflito começou após o Camboja supostamente disparar foguetes contra áreas civis em quatro províncias tailandesas, levando a Tailândia a retaliar com caças F-16 e drones.
O Exército do Camboja, por sua vez, acusou as tropas tailandesas de terem iniciado os ataques ao abrirem fogo contra soldados cambojanos no templo de Prasat Ta Muen Thom, uma área reivindicada por ambos os países. O confronto se intensificou após a morte de um soldado cambojano em maio e um ferido tailandês em uma explosão de mina terrestre na quarta-feira, 23.
As tensões entre os vizinhos do Sudeste Asiático, que possuem uma longa história de disputas territoriais, resultaram em confrontos esporádicos ao longo de sua fronteira de 800 quilômetros. O porta-voz do ministério da Defesa da Tailândia, Surasant Kongsiri, confirmou que os combates ocorriam em seis áreas distintas.
O conflito também gerou uma crise política na Tailândia, onde a primeira-ministra Paetongtarn Shinawatra foi suspensa devido a uma investigação ética relacionada ao tratamento do conflito. Após os recentes eventos, ela condenou a agressão cambojana, enquanto o primeiro-ministro do Camboja, Hun Manet, afirmou que seu país não teve escolha a não ser responder com força armada.