O conflito na fronteira entre Tailândia e Camboja completou três dias neste sábado (26), resultando em mais de 30 mortes e o deslocamento de mais de 130 mil pessoas. Este confronto é considerado o mais grave entre os dois países do Sudeste Asiático em 13 anos, com a tensão se intensificando desde o fim de maio, após a morte de um soldado cambojano em um embate inicial.
As forças armadas de ambos os países alegam agir em "legítima defesa". A disputa envolve não apenas a fronteira de 800 quilômetros, mas também a posse de templos antigos do Império Khmer, que são considerados parte essencial do patrimônio cultural de Tailândia e Camboja. Durante os confrontos, os militares cambojanos utilizaram foguetes e artilharia pesada, enquanto a Tailândia empregou drones armados e caças F-16.
Até o momento, a Tailândia confirmou a morte de sete soldados e 13 civis, enquanto o Camboja reportou cinco soldados e oito civis mortos. Em resposta ao conflito, a Tailândia expulsou o embaixador cambojano e convocou seu representante diplomático de volta.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que conversou com os primeiros-ministros de ambos os países e que eles concordaram em buscar um cessar-fogo imediato. Trump alertou que, caso o conflito não cesse, não haverá acordos comerciais com os governos do Sudeste Asiático. A Reuters tentou contato com as embaixadas da Tailândia e do Camboja em Washington, mas não obteve resposta imediata.