Na manhã desta terça-feira, 29, os governos da Tailândia e do Camboja apresentaram versões contraditórias sobre o cumprimento do cessar-fogo acordado na véspera por seus líderes, em um encontro mediado pelos Estados Unidos. O exército tailandês alegou que o Camboja realizou ataques após a meia-noite, momento em que a trégua deveria ter entrado em vigor. Em resposta, as forças cambojanas negaram qualquer disparo durante esse período.
O general tailandês Vithai Laithomya afirmou que as ações cambojanas constituem uma "violação deliberada do cessar-fogo e uma grave quebra de confiança". Por outro lado, a porta-voz do Ministério da Defesa do Camboja, Maly Socheata, declarou que "após o cessar-fogo entrar em vigor, não houve conflito armado nas linhas de frente".
O acordo de cessar-fogo foi estabelecido entre o primeiro-ministro cambojano Hun Manet e o primeiro-ministro interino da Tailândia, Phumtham Wechayachai, durante uma reunião na Malásia na segunda-feira, 28. O entendimento surgiu após cinco dias de confrontos na fronteira, que resultaram na morte de dezenas de pessoas e na evacuação de milhares de famílias.