Na manhã desta terça-feira, 29, os governos da Tailândia e do Camboja apresentaram versões contraditórias sobre o cumprimento do cessar-fogo acordado na véspera, após um encontro entre os primeiros-ministros dos dois países na Malásia. A trégua foi estabelecida sob pressão dos Estados Unidos, após cinco dias de intensos confrontos na fronteira que resultaram em dezenas de mortes e deslocamento de milhares de famílias.
O exército tailandês alegou que o Camboja realizou ataques após a meia-noite, momento em que a trégua deveria ter entrado em vigor. Em contrapartida, as forças cambojanas negaram qualquer disparo, com a porta-voz do Ministério da Defesa, Maly Socheata, afirmando que não houve conflito armado nas linhas de frente após o início do cessar-fogo.
O general tailandês Vithai Laithomya classificou as ações cambojanas como uma "violação deliberada do cessar-fogo e uma grave quebra de confiança". O desentendimento entre os dois países levanta preocupações sobre a estabilidade na região, que já enfrenta desafios significativos devido aos recentes confrontos.
