Um embate entre o presidente da Assembleia Legislativa de Goiás, deputado Bruno Peixoto (UB), e o superintendente do Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) em Goiás, Gilvane Felipe, marcou a discussão sobre a revitalização de três igrejas na Cidade de Goiás. O conflito surgiu após a exclusão da Igreja da Boa Morte da lista de restaurações, gerando críticas de Peixoto à autarquia federal responsável pela preservação do patrimônio cultural.
Peixoto questionou a atuação do IPHAN, afirmando que, se a instituição realmente se preocupa com o patrimônio goiano, deveria incluir a Igreja da Boa Morte em seus projetos de restauração. O deputado destacou a importância de preservar a memória do povo goiano e sugeriu que a responsabilidade pela reforma da igreja tombada fosse transferida ao governo estadual, uma vez que a gestão do bem é compartilhada entre a Diocese de Goiás e o Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM).
Em resposta, Gilvane Felipe esclareceu que a Igreja da Boa Morte não é de propriedade do IPHAN e que a necessidade de manutenção já foi notificada ao IBRAM. Ele ressaltou que apenas a Diocese poderia propor a transferência da guarda do patrimônio. Enquanto isso, o governo estadual anunciou um investimento de R$ 15 milhões para a restauração de outras igrejas históricas na cidade, como parte do projeto "Rota da Fé", que visa fomentar o turismo religioso na região.
As obras, que terão início em abril de 2026, incluirão a Igreja Nossa Senhora do Rosário, considerada o primeiro templo católico do estado, e outras igrejas de valor histórico, com fiscalização conjunta da Secretaria de Cultura e do IPHAN. A proposta busca não apenas preservar o patrimônio, mas também impulsionar o turismo na Cidade de Goiás.