Neste sábado (12), a violência na Faixa de Gaza se intensificou, resultando na morte de pelo menos 31 palestinos durante um tiroteio enquanto se dirigiam a um ponto de distribuição de ajuda humanitária, além de 28 mortos em ataques aéreos israelenses, incluindo quatro crianças, conforme relatado por autoridades hospitalares locais. Os incidentes ocorreram em meio a um cenário de crescente tensão e sem avanços nas negociações de cessar-fogo entre os Estados Unidos e Israel.
Os palestinos estavam a caminho de um ponto de distribuição operado pela Fundação Humanitária de Gaza, apoiada por Israel, localizado próximo a Rafah, no sul da Faixa de Gaza. O Comitê Internacional da Cruz Vermelha informou que seu hospital de campanha recebeu o maior número de mortos em mais de um ano, com a maioria dos mais de 100 feridos apresentando ferimentos por arma de fogo.
Além disso, ataques aéreos em Deir al-Balah e Khan Younis resultaram na morte de 28 pessoas, enquanto os ataques aéreos continuaram na região de Beit Hanoun durante a noite. A situação humanitária se agrava, com mais de 2 milhões de pessoas em Gaza dependendo de ajuda externa devido ao bloqueio israelense, que foi intensificado após o fim do último cessar-fogo em março. O Exército de Israel alegou ter disparado tiros de advertência contra pessoas suspeitas, negando conhecimento de vítimas.
Testemunhas relataram que muitos dos feridos estavam tentando acessar pontos de distribuição de alimentos, destacando a gravidade da situação. A guerra, que já dura 21 meses, tem gerado um cenário alarmante de insegurança alimentar, com especialistas alertando para o risco de fome na região.