No último sábado, 26 de outubro, pelo menos 71 pessoas perderam a vida em Gaza, vítimas de ataques aéreos e da escassez de alimentos. A população local enfrenta uma grave crise humanitária, com uma em cada três pessoas passando dias sem se alimentar, conforme dados do Programa Mundial de Alimentos. Mais de 90 mil mulheres e crianças necessitam de tratamento urgente para desnutrição na região.
O Ministério da Saúde da Palestina informou que, nas últimas 24 horas, cinco pessoas morreram de fome e desnutrição em hospitais de Gaza, elevando o total de mortes relacionadas à falta de alimentos para 127, sendo 85 crianças. Além disso, 512 feridos foram atendidos em hospitais devido aos ataques militares israelenses no mesmo dia. Desde o início do conflito entre Israel e Hamas, mais de 55 mil pessoas já faleceram em Gaza, forçando 90% da população a se deslocar.
As condições de trabalho para jornalistas em Gaza também se deterioraram, com agências de notícias internacionais expressando preocupação sobre a fome enfrentada por profissionais que cobrem o conflito. A ONU denunciou um aumento alarmante de desnutrição na região, enquanto mais de 100 ONGs alertam para a situação de fome em massa. O governo israelense, por sua vez, nega a existência de fome extrema, atribuindo a escassez de ajuda humanitária a falhas da ONU.
Em resposta à situação, o governo brasileiro anunciou sua entrada formal em uma ação contra Israel na Corte Internacional de Justiça, expressando indignação pelas violações de direitos humanos e humanitários na Palestina. A ação, movida pela África do Sul, busca que a Corte declare que Israel violou obrigações da Convenção para a Prevenção e Repressão do Crime de Genocídio.