Neste domingo (13), pelo menos 31 palestinos perderam a vida em ataques aéreos israelenses na Faixa de Gaza, conforme relatado pela Defesa Civil local. As hostilidades ocorrem em meio a negociações indiretas entre Israel e Hamas, que completam uma semana sem progresso em busca de uma trégua. As conversas, mediadas por Catar, Egito e Estados Unidos, visam encerrar um conflito que já dura mais de 21 meses.
Um dos ataques mais devastadores ocorreu em Nuseirat, onde um drone israelense atingiu um ponto de distribuição de água potável, resultando na morte de dez pessoas, incluindo oito crianças. Moradores da região descreveram o horror das explosões e a destruição de suas casas. A situação humanitária em Gaza é alarmante, com a maioria da população, que ultrapassa dois milhões, deslocada várias vezes devido aos combates.
As operações de retaliação do Exército israelense já resultaram na morte de mais de 57.800 palestinos, segundo o Ministério da Saúde do Hamas, dados que são considerados confiáveis pela ONU. Em contrapartida, o ataque inicial do Hamas em 7 de outubro deixou 1.219 israelenses mortos, a maioria civis, e 251 sequestrados, dos quais 49 ainda estão em cativeiro.
As negociações em Doha enfrentam dificuldades, com o Hamas rejeitando um plano israelense que visa manter forças em 40% da Faixa de Gaza. Enquanto isso, autoridades israelenses acusam o Hamas de não fazer concessões. Apesar dos impasses, uma fonte palestina mencionou avanços na entrada de ajuda humanitária e na troca de reféns, indicando que um novo plano pode ser apresentado nas próximas horas.