O Índice de Confiança da Construção (ICST) registrou uma queda de 1,3 ponto em julho, atingindo 92,7 pontos, conforme divulgado nesta segunda-feira, 28, pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Este resultado marca a sétima redução consecutiva do índice, que havia avançado 0,7 ponto em junho. A média móvel trimestral também apresentou recuo de 0,3 ponto, indicando uma tendência de deterioração nas expectativas do setor.
Ana Maria Castelo, coordenadora de Projetos da Construção do Ibre/FGV, destacou que o início do segundo semestre foi marcado por uma percepção negativa entre as empresas, que acreditam que a demanda e os negócios devem piorar nos próximos meses. Apesar disso, a atividade ainda se mantém aquecida, o que continua a pressionar o mercado de trabalho. A especialista enfatizou que os próximos meses serão cruciais para determinar se essa queda é um fenômeno isolado ou se sinaliza uma desaceleração mais acentuada no ciclo de negócios.
Na mesma análise, o Índice de Situação Atual (ISA-CST) teve um leve aumento de 0,5 ponto, alcançando 92,5 pontos. Em contrapartida, o Índice de Expectativas (IE-ICST) caiu 3,3 pontos, estabelecendo-se em 93 pontos, o menor nível desde maio de 2021. Além disso, o Nível de Utilização da Capacidade (Nuci) da Construção diminuiu 1,1 ponto porcentual, para 78,2%, enquanto o Nuci de Mão de Obra e o de Máquinas e Equipamentos também apresentaram quedas significativas, com 79,2% e 72,2%, respectivamente.