Dezenas de palestinos perderam a vida durante a distribuição de alimentos em Gaza, conforme relatado pelo chefe da Agência da ONU para Refugiados Palestinos (UNRWA), Philippe Lazzarini, nesta terça-feira (22). Ele destacou que a situação se agravou a ponto de funcionários da agência, médicos e trabalhadores humanitários estarem desmaiando devido à fome e exaustão enquanto tentam prestar assistência à população.
Lazzarini divulgou um comunicado à imprensa, revelando que recebeu diversas mensagens de emergência de sua equipe, que descrevem as condições alarmantes na Faixa de Gaza. "Ninguém é poupado: os cuidadores em Gaza também precisam de cuidados. Médicos, enfermeiros, jornalistas e humanitários estão famintos", afirmou, ressaltando a gravidade da situação.
O comissário-geral criticou ainda o esquema de distribuição de ajuda humanitária de Israel, que conta com o apoio dos Estados Unidos e é administrado pela Fundação Humanitária de Gaza. Ele descreveu a situação como uma "armadilha mortal sádica", informando que mais de 1.000 pessoas foram mortas desde o final de maio ao tentarem receber ajuda alimentar. Lazzarini denunciou que atiradores têm aberto fogo aleatoriamente contra as multidões, como se tivessem permissão para matar.