A concessão do Cânion Fortaleza, em Cambará do Sul (RS), enfrenta críticas após a suspensão da tirolesa e uma significativa queda na visitação. Desde que a Urbia assumiu a gestão do parque em 2021, a visitação caiu cerca de 50%, conforme estimativas da Prefeitura local. A empresa, que investiu mais de R$ 20 milhões em melhorias, anunciou a desativação da tirolesa de 720 metros, considerada a mais alta das Américas, devido a uma redução de 60% no número de usuários entre maio e agosto de 2024.
A deputada federal Fernanda Melchionna (PSOL-RS) criticou o modelo de gestão da Urbia, destacando que a entrada nos parques, que custa R$ 102 por pessoa, se tornou um ônus para as famílias. Ela alertou sobre os impactos econômicos na cidade, onde o turismo é uma das principais fontes de renda, afirmando que restaurantes e pousadas estão enfrentando perdas e demissões.
A Urbia atribui a queda na visitação às más condições das vias de acesso, citando a necessidade de pavimentação em trechos da estrada municipal CS-012 e a dependência de autorização ambiental para obras na rodovia ERS-427. O ICMBio, responsável pela gestão dos parques, anunciou que irá revisar e reforçar as medidas de segurança após a morte de uma visitante, considerada uma fatalidade. A empresa solicitou a suspensão de obrigações contratuais relacionadas a melhorias, que foi parcialmente aceita, mas o fechamento dos parques foi negado.