A Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) instaurou quatro processos administrativos disciplinares (PADs) contra ex-servidores e funcionários da empresa, em decorrência de possíveis irregularidades identificadas em uma investigação interna. A informação foi divulgada no Diário Oficial do Município nesta quarta-feira, 16 de outubro. Embora os valores envolvidos não tenham sido especificados, a Comurg indicou a existência de "pagamentos expressivos" relacionados a práticas de rachadinhas.
Os desvios a serem investigados incluem acordos extrajudiciais, desvio de função e outras irregularidades formais e materiais. Os processos estão sob sigilo, e os nomes dos investigados não foram revelados. Em nota, a Comurg assegurou que os procedimentos seguirão os preceitos da Constituição Federal, garantindo o amplo direito de defesa aos envolvidos.
Na última quarta-feira, 9, o prefeito Sandro Mabel (UB) anunciou uma reestruturação na Comurg, que resultou na demissão de 668 empregados, incluindo 412 servidores aposentados. Mabel também revelou que as dívidas trabalhistas da empresa ultrapassam R$ 1,2 bilhão, além de mais de R$ 2 bilhões em débitos não contabilizados, atribuídos a uma suposta conspiração para prejudicar a administração.
Além disso, o Jornal Opção noticiou que a prefeitura destinou R$ 58 milhões à Comurg para quitar rescisões trabalhistas e precatórios, parte de um aporte total de R$ 190 milhões previsto para a empresa. O prefeito destacou que a Comurg está desmantelando esquemas de corrupção que perduraram por várias gestões anteriores.