A Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) instaurou quatro Processos Administrativos Disciplinares (PADs) contra ex-servidores e funcionários, em decorrência de possíveis irregularidades identificadas em uma investigação interna. A informação foi publicada no Diário Oficial do Município na quarta-feira, 16 de outubro. Embora os valores envolvidos não tenham sido revelados, a apuração aponta para "pagamentos expressivos" relacionados a práticas de rachadinhas.
Os desvios que estão sendo investigados incluem acordos extrajudiciais, desvio de função e outras irregularidades formais e materiais. Os processos permanecem em sigilo, e os nomes dos investigados não foram divulgados. Em nota oficial, a Comurg reafirmou que os procedimentos seguirão os preceitos da Constituição Federal, garantindo o amplo direito de defesa aos envolvidos.
Na mesma semana, o prefeito Sandro Mabel (UB) anunciou uma reestruturação na Comurg, que resultou na demissão de 668 empregados, incluindo 412 servidores aposentados. Mabel também revelou que as dívidas trabalhistas da empresa superam R$ 1,2 bilhão, atribuídas a uma suposta conspiração para prejudicar a administração pública. Além disso, a prefeitura anunciou um pagamento de R$ 58 milhões à Comurg para quitar rescisões trabalhistas e precatórios, parte de um aporte total de R$ 190 milhões previsto para a empresa.
A Comurg destacou que as investigações estão sendo acompanhadas por órgãos competentes, como o Ministério Público de Goiás e a Polícia Civil, e que a integridade dos dados pessoais dos servidores envolvidos será preservada, conforme garantido pela legislação vigente.