A comunidade drusa de Israel, que representa cerca de 2% da população, intensificou a pressão sobre o governo de Benjamin Netanyahu para que intervenha militarmente na Síria. O apelo surge após uma série de ataques de milícias ligadas ao presidente sírio Ahmed al-Sharaa contra drusos na província de Sweida, onde a maioria da população é drusa. Os confrontos, que duraram cinco dias, resultaram na morte de pelo menos 160 drusos, segundo a mídia local.
Na noite de quarta-feira, 16 de julho de 2025, o regime de al-Sharaa, ex-integrante da Al Qaeda, anunciou a retirada de suas tropas da província de Sweida, após uma série de ataques aéreos israelenses a alvos do governo sírio, incluindo o Ministério da Defesa. A decisão foi parte de um acordo de cessar-fogo mediado entre o regime e líderes drusos locais, conforme anunciado por Yusuf Jerboua, um proeminente líder religioso da comunidade na Síria.
O acordo prevê que as forças do regime se retirem das áreas de combate, mantendo apenas uma presença policial sob controle druso. No entanto, a continuidade do cessar-fogo ainda é incerta, já que uma pausa nos combates anunciada anteriormente não foi cumprida. Em resposta à situação, drusos em Israel realizaram protestos, incluindo o fechamento de comércios em Isfiya e a travessia de cerca de mil drusos para a Síria para ajudar seus correligionários.
As Forças de Defesa de Israel iniciaram operações na manhã de quarta-feira, com relatos de caças israelenses sobrevoando a região. A situação permanece tensa, com a comunidade drusa israelense buscando uma resposta efetiva do governo diante da violência enfrentada por seus irmãos na Síria.