Recentemente, um vídeo viral no TikTok levantou a questão: como é possível determinar a composição do Sol se ninguém jamais coletou uma amostra diretamente? Essa dúvida, embora comum, destaca a complexidade da construção do conhecimento científico em Astronomia, que estuda fenômenos distantes da realidade cotidiana. A resposta reside na análise da luz emitida pelo Sol, que fornece informações cruciais sobre sua composição.
Apesar da impossibilidade física de pousar no Sol, cientistas utilizam espectroscópios para estudar a luz solar, que se decompõe em espectros de faixas luminosas. Cada elemento químico emite luz em padrões específicos, permitindo a identificação de sua presença. Através dessa técnica, foi possível descobrir o hidrogênio e, em 1868, o hélio, um elemento até então desconhecido na Terra, batizado em homenagem ao deus grego do Sol.
Atualmente, instrumentos avançados, como espectrômetros, permitem a detecção de variações sutis nos espectros da luz solar, mesmo a 150 milhões de quilômetros de distância. A composição química do Sol é estimada em 74,9% de hidrogênio e 23,8% de hélio, com traços de outros elementos. Conhecer essa composição é fundamental para entender a geração de energia solar por fusão nuclear, além de monitorar a atividade solar, que pode impactar diretamente a tecnologia na Terra, como satélites e sistemas de comunicação.