A comissão mista da medida provisória que reajusta a tabela de soldo das Forças Armadas (MP 1.293/2025) aprovou, nesta terça-feira (8), um relatório favorável à proposta. O reajuste será implementado em duas etapas: a primeira em abril de 2025 e a segunda em janeiro de 2026, com um aumento de 4,5% em cada fase. O próximo passo é a votação do relatório nos Plenários da Câmara dos Deputados e do Senado, antes que o prazo de validade da MP expire em 8 de agosto.
O senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS), presidente da comissão, destacou que os militares e suas famílias enfrentam uma "situação de penúria" em comparação a outros setores que receberam reajustes. Mourão enfatizou que o vencimento dos militares não é apenas uma compensação pelo trabalho, mas também uma consideração pelas dificuldades da carreira, como movimentações constantes e riscos à vida.
O deputado General Pazuello (PL-RJ) observou que, embora o aumento proposto não compense as perdas salariais acumuladas pelos militares, a comissão não pode aumentar a despesa de projetos que são de iniciativa exclusiva do Presidente da República. Ele também afirmou que o reajuste será linear, abrangendo todos os postos e graduações, do cabo ao general.
Por sua vez, o senador Carlos Portinho (PL-RJ) criticou o aumento, considerando-o insuficiente, e pediu que os governos tratem as Forças Armadas com mais atenção, alertando que isso pode impactar a prontidão do país quando necessário.