Na última sexta-feira (18), comerciantes da Rua 25 de Março, em São Paulo, realizaram um protesto contra a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de investigar a venda de produtos falsificados na região. A manifestação, que contou com a participação de cerca de 120 pessoas, ocorreu na Rua Carlos de Sousa Nazaré, onde alguns manifestantes usavam máscaras do presidente americano.
A investigação foi anunciada pelo Escritório do Representante de Comércio dos Estados Unidos (USTR) na terça-feira (15), em resposta a alegações de que a 25 de Março, um dos maiores centros de comércio popular da América Latina, seria um ponto crítico para a venda de produtos falsificados e apresentaria falhas na proteção dos direitos de propriedade intelectual.
Os comerciantes expressaram sua indignação com a intervenção de Trump, afirmando que a situação do comércio brasileiro deve ser tratada pelo governo local. Vendedores e consumidores da região destacaram a diversidade de produtos disponíveis e a presença de mercadorias originais, contestando a generalização das acusações de falsificação. Além disso, alguns manifestantes criticaram a postura do governo americano, associando a investigação a preocupações com a concorrência internacional, especialmente em relação à China.
O USTR argumenta que o Brasil não tem implementado medidas eficazes para combater a falsificação, o que perpetua a prática na 25 de Março. A investigação se insere em um contexto mais amplo de tensões comerciais entre os Estados Unidos e o Brasil, especialmente após a imposição de tarifas sobre exportações brasileiras, conforme mencionado na mesma carta que anunciou a investigação.