O Colégio Estadual Governador Milton Campos, conhecido como Colégio Estadual Central, em Belo Horizonte, realizará uma assembleia nesta quinta-feira (10) para decidir sobre a adesão ao modelo cívico-militar proposto pelo governo de Minas Gerais. A proposta visa dividir a gestão das escolas entre educadores e militares, e a votação contará com a participação de diretores, professores e pais de alunos.
Após a assembleia, a escola terá até o dia 18 de julho para comunicar sua decisão à Secretaria de Educação. Este prazo se aplica a aproximadamente 700 instituições de ensino em todo o estado que também estão avaliando a adesão ao modelo. O governo estadual informou que a implementação ocorrerá apenas em escolas selecionadas, mesmo que haja manifestação favorável.
Atualmente, nove escolas em Minas Gerais já operam sob o modelo cívico-militar. O governo defende que a proposta busca promover valores como respeito, responsabilidade e disciplina, sem alterar a estrutura pedagógica das instituições. Entretanto, a iniciativa enfrenta críticas do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) e de parlamentares da oposição, que questionam a constitucionalidade do projeto.
Uma audiência pública sobre a proposta está agendada para a mesma data da assembleia, na Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), onde serão discutidos os impactos e a viabilidade do modelo nas escolas estaduais.