A Coca-Cola divulgou nesta terça-feira (22) que lançará uma nova versão de sua bebida utilizando açúcar de cana, um ingrediente já empregado em suas formulações no México e em alguns países europeus. A decisão visa complementar o portfólio da empresa, oferecendo mais opções aos consumidores em diversas ocasiões.
A informação surge após declarações do ex-presidente Donald Trump, que afirmou ter discutido com a Coca-Cola sobre a adoção do açúcar de cana nos Estados Unidos. Embora a companhia não tenha confirmado oficialmente a mudança, a produção de uma nova variante da bebida, em vez de substituir o xarope de milho, esclarece a situação e evita impactos diretos na agricultura americana.
A Associação dos Refinadores de Milho alertou que a eliminação do xarope de milho poderia resultar na perda de milhares de empregos e uma queda significativa nos preços do milho, estimando uma perda de receita agrícola de US$ 5,1 bilhões. Além disso, especialistas indicam que a substituição do xarope por açúcar de cana poderia elevar o preço da Coca-Cola em até 10%, devido aos custos adicionais de produção.
Robert F. Kennedy Jr. tem promovido uma agenda de saúde pública que inclui a proibição do xarope de milho com alto teor de frutose, embora estudos indiquem que não há diferenças significativas nos efeitos à saúde entre os dois tipos de açúcar. A Coca-Cola reafirma que o xarope de milho é seguro e possui calorias semelhantes ao açúcar de cana.