A Coca-Cola anunciou na terça-feira (22) que começará a produzir uma nova versão de sua bebida adoçada com açúcar da cana-de-açúcar nos Estados Unidos. A mudança ocorre após pressão do ex-presidente Donald Trump, que defendeu a utilização de ingredientes locais em produtos americanos. Atualmente, a Coca-Cola nos EUA utiliza xarope de milho como adoçante, enquanto em outros países, como México e Brasil, a bebida já é feita com açúcar da cana.
Especialistas em nutrição afirmam que a troca entre os tipos de açúcar não traz benefícios significativos à saúde dos consumidores. Tanto o xarope de milho, rico em frutose, quanto o açúcar da cana, que contém sacarose, são considerados prejudiciais quando consumidos em excesso. A nutricionista Lívia Horácio alerta que ambos os adoçantes são fontes de calorias vazias e não oferecem valor nutritivo, contribuindo para problemas como obesidade e diabetes tipo 2.
A diferença entre os dois tipos de açúcar reside na sua composição: o xarope de milho possui uma maior proporção de frutose em relação à glicose, enquanto o açúcar da cana tem proporções iguais de ambos. A nutricionista Isabela Gouveia destaca que o consumo excessivo de frutose pode levar a alterações metabólicas, como resistência à insulina e acúmulo de gordura no fígado. Apesar da mudança, os especialistas concordam que não há uma alternativa saudável para o consumo excessivo de açúcar, independentemente da sua origem.