A Confederação Nacional da Indústria (CNI) solicitou, nesta segunda-feira (28), que o governo brasileiro adote uma postura de bom senso nas negociações com os Estados Unidos em relação ao aumento das tarifas de importação que podem chegar a 50%. O presidente da CNI, Ricardo Alban, classificou a medida como "expressiva e injustificável" e reiterou a oposição da entidade ao chamado "tarifaço".
A CNI já havia realizado diversas tratativas pedindo a revogação ou prorrogação do aumento das tarifas por 90 dias, além de exigir que a investigação aberta pelos EUA, no âmbito da Seção 301, siga os trâmites formais e técnicos. Segundo a entidade, não há justificativa econômica para a elevação das tarifas de 10% para até 50%.
Alban alertou que a situação pode estar sendo influenciada por motivações políticas, o que seria inaceitável para as relações comerciais entre Brasil e Estados Unidos. A CNI defendeu uma abordagem pragmática e desideologizada nas negociações, enfatizando a importância de priorizar os interesses reais do Brasil e aprender com os erros do passado.