A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) não participou do primeiro encontro promovido pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com representantes do agronegócio, realizado na tarde de terça-feira, 15 de julho. O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, recebeu empresários do setor para discutir as tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos sobre a exportação de produtos brasileiros.
O governo havia convidado a CNA para a reunião, mas a confederação não compareceu. Após o encontro, Alckmin reforçou o convite à entidade, que emitiu uma nota crítica sobre a situação econômica do país, afirmando que a economia está "à margem de uma agenda política sequestrada". No comunicado, a CNA destacou a necessidade de reformas estruturais e criticou a atual administração por não adotar uma agenda pragmática.
A nota da CNA também menciona a instabilidade entre os Três Poderes e critica o governo Lula por reabrir feridas políticas, o que, segundo a entidade, mina a confiança empresarial e a estabilidade institucional. O Poder360 tentou contato com a CNA para entender os motivos da ausência na reunião, mas não obteve resposta até o fechamento desta reportagem.