Uma clínica de estética situada no bairro da Pituba, em Salvador, foi condenada a pagar R$ 10 mil a uma biomédica após a trabalhadora relatar episódios de assédio moral e discriminação estética. A decisão, proferida pelo Tribunal Regional do Trabalho da Bahia (TRT-BA) na última sexta-feira (18), determina que a empresa indenize a profissional por ter sido chamada de 'gorda' de forma pejorativa e coagida a pedir demissão.
De acordo com o relato da biomédica, ela enfrentou humilhações constantes em frente a colegas e clientes, sendo pressionada a emagrecer e obrigada a usar roupas pretas para aparentar ser mais magra, enquanto as demais funcionárias vestiam uniformes brancos. A pressão psicológica teria afetado sua autoestima e imagem profissional, levando-a a solicitar a rescisão do contrato de trabalho.
A juíza da 26ª Vara do Trabalho de Salvador considerou a demissão da biomédica nula, reconhecendo-a como uma dispensa sem justa causa, uma vez que a clínica não compareceu à audiência, resultando na revelia. O desembargador Renato Simões, relator do caso, e os demais desembargadores do TRT-BA mantiveram a decisão, que cabe recurso por parte da clínica.
O g1 tentou contato com a clínica de estética para obter uma posição sobre o caso, mas não recebeu retorno até a última atualização desta reportagem.