Em entrevista ao programa Em Ponto nesta quarta-feira (9), Ciro Nogueira, presidente do Progressistas, acusou a Secretaria de Comunicação da Presidência da República de conduzir uma campanha desleal contra o Congresso. O senador atribuiu a responsabilidade pela disseminação de vídeos críticos ao Parlamento à gestão de comunicação do governo Lula, afirmando que a situação poderia justificar a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o uso de recursos por agências de comunicação.
Nogueira alertou que as agências que recebem verbas públicas não suportariam a quebra de sigilo em uma CPI, insinuando irregularidades na relação do governo com influenciadores digitais. "Estou avisando isso com muita antecedência", declarou o senador, que é também padrinho político do presidente da Câmara, Hugo Motta.
A resposta do ministro-chefe da Secretaria de Comunicação, Sidônio Palmeira, foi contundente. Ele criticou Nogueira, afirmando que o senador parece agir como um porta-voz de interesses financeiros e questionou suas motivações, sugerindo que suas declarações poderiam ser fruto de má-fé ou desespero. O embate ocorre após a primeira reunião entre o governo e a cúpula do Congresso desde a derrubada do decreto que aumentava a alíquota do IOF, onde foram discutidas as expectativas de ambas as partes, com o governo reafirmando sua posição sobre a defesa jurídica do decreto no Supremo Tribunal Federal.