Cientistas do National Institute of Standards and Technology (NIST) anunciaram o desenvolvimento do relógio mais preciso já construído, capaz de medir o tempo com uma precisão de até 19 casas decimais. A nova versão do "relógio de lógica quântica" supera em 41% o modelo anterior e representa um avanço significativo na medição do tempo, levando em consideração que levaria 57,6 bilhões de anos para que o novo dispositivo adiantasse ou atrasasse um segundo.
O novo relógio utiliza átomos de alumínio e magnésio, controlados por lasers e mantidos próximos ao zero absoluto, para alcançar essa precisão. Publicado na revista Physical Review Letters, o estudo questiona a definição atual do "segundo", que é baseada nas vibrações do césio-133 desde 1967. A nova tecnologia de relógios atômicos ópticos, que utiliza frequências de luz em vez de micro-ondas, promete redefinir padrões de medição de tempo.
Os pesquisadores explicaram que o funcionamento do relógio envolve um íon de alumínio, cuja vibração é extremamente estável, combinado com um íon de magnésio, que auxilia no resfriamento e na leitura da vibração. A estrutura do relógio foi aprimorada com uma lâmina de diamante e eletrodos revestidos de ouro, aumentando a estabilidade e reduzindo interferências externas. O novo modelo é capaz de realizar medições de precisão em apenas um dia e meio, em comparação com as três semanas necessárias para o modelo anterior.
Além de seu valor científico, o novo relógio atômico tem aplicações práticas em áreas como navegação via satélite, comunicações rápidas e pesquisas astronômicas, além de contribuir para o avanço de tecnologias de computação quântica.