Pesquisadores do National Institutes of Health e da Universidade Stanford desenvolveram organoides humanos vascularizados, capazes de gerar seus próprios vasos sanguíneos, conforme revelado em estudos publicados nas revistas 'Science' e 'Cell'. Essa inovação representa um avanço significativo na criação de órgãos em miniatura, que são utilizados para testar medicamentos e estudar doenças.
Os novos organoides, que incluem estruturas como corações e fígados, foram criados através de uma abordagem que estimula o desenvolvimento vascular desde os primeiros estágios de crescimento. Oscar Abilez, biólogo de células-tronco da Universidade Stanford e coautor do estudo, destacou que esses modelos demonstram o potencial da nova estratégia, embora ainda se assemelhem a estágios iniciais do desenvolvimento fetal.
Os cientistas ressaltam que, apesar dos resultados promissores, mais pesquisas são necessárias para identificar os estímulos moleculares adequados para a formação de vasos em diferentes tipos de células, cultivar vasos sanguíneos maiores e permitir a circulação de sangue pelos novos vasos. A nova técnica surgiu acidentalmente durante o cultivo de células epiteliais, quando os pesquisadores notaram a formação espontânea de células vasculares, antes consideradas contaminantes, nos organoides intestinais.
Essa descoberta foi ampliada para organoides de pulmão e coração, resultando em uma quantidade significativa de células vasculares com ramificações finas, conforme relatado por Abilez. O avanço promete revolucionar a pesquisa biomédica e o desenvolvimento de terapias regenerativas.