Cidades do Rio Grande do Sul foram severamente afetadas por alagamentos em junho de 2025, resultado de chuvas intensas que se tornaram cada vez mais frequentes no Brasil. Um estudo da Aliança Brasileira pela Cultura Oceânica, em parceria com a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e outras instituições, aponta um aumento de 250% nos registros de eventos climáticos extremos entre 2020 e 2023.
O climatologista Jose Antonio Marengo, do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), destaca que as mudanças climáticas impactam a população de maneira desigual, com comunidades vulneráveis sendo as mais afetadas. Ele ressalta que países menos responsáveis pela emissão de gases de efeito estufa, como os mais pobres, enfrentam os maiores desafios decorrentes das mudanças climáticas.
Eventos como a 17ª Cúpula do BRICS, realizada no Rio de Janeiro em julho, e a COP30, agendada para novembro de 2025 em Belém, discutem a importância de políticas de desenvolvimento sustentável e ações contra as mudanças climáticas. O meteorologista Celso Oliveira, da empresa Tempo OK, explica que o aumento das emissões de gases de efeito estufa está desequilibrando os sistemas meteorológicos, resultando em tempestades e chuvas intensas mais frequentes e severas.