Na tarde desta segunda-feira (28), a plataforma marítima da praia de Atlântida, localizada em Xangri-Lá, Rio Grande do Sul, sofreu um desabamento parcial devido à passagem de um ciclone extratropical pelo estado. A estrutura, que é um dos principais pontos turísticos da região, teve aproximadamente 25 metros de seu comprimento destruídos, conforme relatou José Luis Rabadan, presidente da Associação dos Usuários da Plataforma Marítima da Atlântida (Asuplama).
Um laudo técnico do Laboratório de Ensaios de Modelos Estruturais da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) já havia indicado riscos de desabamento na plataforma, que estava interditada desde 2023 após danos causados pela maré. O ciclone, que trouxe ventos superiores a 100 km/h, afetou diversas cidades do estado, resultando em cerca de 346 mil clientes sem energia elétrica, segundo a CEEE Equatorial.
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta laranja para vendaval, prevendo ventos entre 60 km/h e 100 km/h até o final da tarde. A plataforma, que foi inaugurada em 1975 e avançava 280 metros sobre o mar, já havia enfrentado problemas estruturais em anos anteriores, com partes danificadas por ondas fortes em 1997, 2016 e 2019. Antes das destruições, o local atraía cerca de 30 mil turistas anualmente, sendo um ponto popular para pesca e observação de baleias.