O Ministério das Relações Exteriores da China respondeu nesta terça-feira (8) a uma mensagem do secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, que elogiou o Dalai-lama e sua luta pela independência do Tibete. A porta-voz do ministério, Mao Ning, afirmou que o líder religioso não possui o direito de representar o povo tibetano ou decidir o futuro da região, destacando que ele é um exilado político envolvido em atividades separatistas contra a China.
Mao Ning enfatizou que os Estados Unidos não estão em posição de criticar a China sobre questões tibetanas, e pediu que Washington reconheça a sensibilidade do tema e a natureza separatista do movimento liderado pelo Dalai-lama. A declaração foi feita em resposta ao reconhecimento de Rubio ao aniversário de 90 anos do líder religioso, que ocorreu no último domingo (6).
O secretário de Estado americano afirmou que o Dalai-lama continua a inspirar pessoas ao promover uma mensagem de unidade, paz e compaixão, e reiterou o apoio dos EUA à preservação do patrimônio cultural e religioso tibetano. A China, por sua vez, considera as questões tibetanas como assuntos internos e rejeita qualquer interferência externa, especialmente dos Estados Unidos.
Recentemente, o Dalai-lama anunciou que reencarnará após sua morte e que uma instituição criada por ele terá a autoridade para identificar seu sucessor, em contraste com a posição da China, que defende que essa escolha deve ser feita por Pequim. O governo chinês afirma que mantém uma política de liberdade religiosa e que a sucessão do Dalai-lama é um legado dos tempos imperiais.