Em um movimento significativo para o setor tecnológico, a Bolsa de Valores de Xangai anunciou, em julho, a criação de uma nova seção em seu STAR Market, dedicada a empresas de ciência e tecnologia. A medida, que ocorre após uma pausa de dois anos, permite que 32 startups deficitárias, mas com alto potencial, abram o capital, sinalizando uma mudança nas diretrizes regulatórias. O novo '5º padrão de listagem' foi reativado, permitindo que empresas inovadoras em áreas como inteligência artificial, biotecnologia e chips busquem financiamento no mercado de ações.
A decisão dos reguladores financeiros da China vem em um momento crítico, com o mercado de capital de risco enfrentando uma queda acentuada. Em 2024, a captação de novos fundos de private equity caiu 42%, atingindo o menor nível em uma década, enquanto o número de IPOs em Hong Kong também despencou. Com a diminuição do capital americano e a escassez de novos negócios, as autoridades chinesas começaram a reavaliar suas políticas para estimular o crescimento em setores tecnológicos essenciais.
As novas diretrizes visam atrair empresas como a ChangXin Memory e a Moore Threads Technology, que buscam levantar bilhões de dólares. Entretanto, os reguladores permanecem cautelosos, exigindo que as startups demonstrem não apenas inovação, mas também um caminho claro para a comercialização de suas tecnologias. A competição entre as bolsas da China está se intensificando, com a expectativa de que, se as ações A não forem atraentes, as melhores empresas possam migrar para outros mercados.