Líderes do Partido Comunista Chinês anunciaram, nesta quarta-feira (30), que não planejam implementar estímulos econômicos adicionais no curto prazo, priorizando a execução de políticas já em vigor. A decisão foi comunicada durante uma reunião do Politburo, principal órgão de formulação de políticas do país, que se concentra em lidar com o excesso de capacidade da segunda maior economia do mundo.
O Politburo indicou que, embora esteja ciente do aumento das incertezas econômicas, não foram revelados novos incentivos para o setor imobiliário, mesmo diante do enfraquecimento da atividade nesse segmento. Louise Loo, chefe de economia para a Ásia da Oxford Economics, destacou que a postura cautelosa do órgão reflete um apetite limitado por novos estímulos, apesar das pressões enfrentadas pelo setor exportador devido ao aumento das tarifas impostas pelos Estados Unidos.
Além disso, o Politburo reafirmou seu compromisso em conter o excesso de capacidade em indústrias-chave e prometeu intensificar o apoio financeiro a exportadores em dificuldades. As autoridades também buscarão tornar o mercado de capitais doméstico mais atrativo e inclusivo, enquanto se preparam para a próxima reunião plenária do Partido, marcada para outubro, onde será discutido o 15º plano quinquenal, que abrange o período de 2026 a 2030.