A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, se manifestou nesta quinta-feira (data) sobre a recente imposição de uma sobretaxa de 50% pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. Em sua declaração, Mao enfatizou que tarifas não devem ser utilizadas como instrumentos de coerção ou para interferir nos assuntos internos de outras nações, em resposta a uma carta do presidente Donald Trump que acusou o Brasil de ataques às eleições e direitos fundamentais dos americanos.
Durante a cúpula do Brics, Mao já havia abordado a questão das tarifas americanas, rebatendo ameaças de Trump direcionadas a países que se opõem às políticas dos EUA. A porta-voz ressaltou a importância dos princípios de igualdade soberana e não interferência, consagrados na Carta das Nações Unidas, e destacou que o Brics visa promover a cooperação entre as nações emergentes.
Além disso, o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, expressou sua desaprovação em relação às tarifas americanas durante encontros bilaterais na reunião da Asean, em Kuala Lumpur. Wang afirmou que os Estados Unidos estão tentando privar os países do Sudeste Asiático de seu direito ao desenvolvimento, caracterizando essa ação como uma tentativa de interferência inaceitável. O ministro também demonstrou confiança na capacidade da região de enfrentar essa situação e proteger seus interesses.