O Ministério do Comércio da China expressou, nesta segunda-feira (21), sua profunda insatisfação com a decisão da União Europeia de impor sanções a dois bancos chineses. As sanções, anunciadas na sexta-feira (18), são baseadas em acusações de que as instituições financeiras estariam ajudando a Rússia a contornar bloqueios econômicos relacionados à invasão da Ucrânia.
Um porta-voz do governo chinês qualificou as alegações da UE como "infundadas" e afirmou que as sanções já causaram um "sério impacto negativo" nas relações econômicas entre a China e o bloco europeu. O governo chinês advertiu que, caso as sanções não sejam revogadas, tomará medidas para proteger os interesses de suas empresas e instituições financeiras, embora não tenha especificado quais seriam essas ações.
Os bancos afetados, o Banco Comercial Rural de Suifenhe e o Banco Comercial Rural de Heihe, são instituições de pequeno porte localizadas em regiões fronteiriças com a Rússia. A situação ocorre em um momento em que o presidente chinês, Xi Jinping, e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, têm um encontro agendado para quinta-feira (24), durante a 25ª Cúpula China-UE, onde a sanção econômica deverá ser um dos principais tópicos discutidos.