A cheia dos rios no Amazonas, que se intensificou desde outubro de 2022, já subiu quase 18 metros, afetando gravemente a rotina de comunidades rurais em Iranduba, na Região Metropolitana de Manaus. A enchente resultou em prejuízos significativos para cerca de 4 mil famílias de produtores, que enfrentam perdas em suas lavouras e estruturas agrícolas. Agricultores como Cristiano Nogueira e Raimundo Silva relatam a destruição de suas plantações, incluindo feijão, couve e pepino, devido à inundação.
Adalberto Sampaio, que plantou pepino em maio, também foi surpreendido pela cheia, que destruiu sua colheita antes do tempo esperado. Segundo ele, a previsão de uma enchente menor não se concretizou, levando a uma situação crítica para os agricultores da região. O Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Amazonas (Idam) confirma a gravidade da situação, com o governo do estado anunciando medidas como anistia de dívidas rurais e novas linhas de crédito para os afetados.
Além dos prejuízos agrícolas, a cheia também impactou a pesca local. A pescadora Euci Ferreira enfrenta dificuldades para alimentar seus animais, devido à falta de pasto, e precisa transportar capim até eles. A Defesa Civil do Amazonas informou que 42 municípios estão em situação de emergência devido à cheia, conforme o boletim de monitoramento mais recente, destacando a gravidade da crise hídrica na região.