O Conselho Federal de Odontologia (CFO) protocolou uma denúncia à Advocacia Geral da União (AGU) contra a odontologia biológica, classificada como pseudociência e potencialmente prejudicial à saúde pública. A denúncia, apresentada em junho, busca responsabilizar profissionais e empresas que promovem tratamentos sem respaldo técnico-científico, além de solicitar a remoção de conteúdos digitais relacionados à prática.
A odontologia biológica tem ganhado popularidade nas redes sociais, onde seus defensores criticam os tratamentos convencionais, alegando que problemas dentários podem afetar órgãos como o coração. No entanto, especialistas afirmam que a saúde bucal e geral estão interligadas, mas não de maneira tão direta como sugerido por esses adeptos. Entre as práticas alarmantes estão a extração de dentes saudáveis e a remoção de restaurações de amálgama, baseadas em alegações infundadas sobre a segurança do mercúrio.
O CFO destaca que os pacientes que se submetem a esses procedimentos desnecessários enfrentam riscos à saúde e custos elevados. A entidade enfatiza a importância de manter a integridade das políticas públicas sanitárias e a necessidade de disseminar informações corretas sobre tratamentos odontológicos. Além da odontologia biológica, outras pseudociências, como terapia neural e biocibernética, também são alvo de preocupação por parte do conselho, que defende a ética profissional e a segurança da população.