O Centro de Pesquisa Oncológica (Cepon), vinculado à Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina, está ampliando o acesso a terapias inovadoras para pacientes com câncer de cabeça e pescoço. Em 2025, 85 pacientes foram beneficiados com tratamentos diferenciados por meio de pesquisa clínica, que se tornou referência no estado e no Brasil. A iniciativa é especialmente relevante durante o mês de julho, dedicado à conscientização sobre a prevenção dessa doença, que deve registrar 330 novos casos em Florianópolis, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca).
A médica oncologista Yeni Verônica Nerón, responsável pelo Serviço de Pesquisa Clínica do Cepon, informa que atualmente estão em andamento 42 estudos, dos quais 20 estão com recrutamento aberto. "A pesquisa clínica representa uma oportunidade de novos tratamentos e validação científica de novas terapias", afirma a especialista. O Cepon está convidando pacientes que não passaram por cirurgia para participar do estudo EVOLVE CCP, que investiga a eficácia da imunoterapia após quimioterapia e radioterapia.
Os pacientes que se inscreverem no estudo serão divididos em dois grupos: um receberá imunoterapia como tratamento de manutenção, enquanto o outro continuará em acompanhamento. O objetivo é avaliar se a imunoterapia melhora os resultados do tratamento, aumentando as chances de cura. O estudo é conduzido em nível internacional e aceita pacientes de outras instituições que atendam aos critérios de inclusão.
Fabrício Grando, pesquisador clínico do Cepon, destaca que a pesquisa clínica da unidade é uma das mais organizadas do Brasil, permitindo a oferta de tratamentos inovadores. O Cepon é uma unidade pública administrada pela Fahece e continua a ser um pilar importante na luta contra o câncer em Santa Catarina.