As centrais sindicais brasileiras manifestaram-se nesta quinta-feira (10) contra a imposição de uma tarifa de 50% sobre as exportações do Brasil para os Estados Unidos, anunciada pelo presidente Donald Trump. A medida, que entrará em vigor a partir de 1º de agosto, foi interpretada como uma reação hostil às decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) e uma tentativa de polarização política, segundo as oito centrais que assinam o manifesto.
No documento, as centrais alertam que o aumento abrupto das tarifas pode ameaçar a indústria e o agronegócio, resultando em demissões em massa e fechamento de empresas. Além disso, a medida pode elevar o custo de produção, pressionar a inflação e agravar a instabilidade econômica. As centrais pedem uma resposta firme do governo federal, liderado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e apoiam a recente aprovação da Lei da Reciprocidade Econômica como forma de proteger a economia nacional.
As centrais, que incluem a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Força Sindical, enfatizam a importância de manter relações internacionais saudáveis e buscam uma solução pacífica e multilateral para a crise. O manifesto também critica a atuação do deputado federal Eduardo Bolsonaro, sugerindo que sua postura configura crime de lesa-pátria. As entidades reafirmam seu compromisso com a soberania nacional e os direitos da classe trabalhadora.