Em reunião realizada nesta quarta-feira, 16 de julho de 2025, com o ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, e representantes da Amcham Brasil, centrais sindicais solicitaram uma "resposta firme" do governo brasileiro às tarifas de 50% impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre produtos brasileiros a partir de agosto. O documento, ao qual o Poder360 teve acesso, destaca a necessidade de revisar a Lei de Patentes como parte da estratégia de enfrentamento.
Assinado por entidades como Força Sindical, CUT, UGT, CTB, NCST e CSB, o texto enfatiza que as tarifas norte-americanas podem ameaçar "milhares de postos de trabalho" no Brasil. Os líderes sindicais expressaram apoio à postura do governo federal, liderado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e destacaram a importância de uma ação coordenada para fortalecer a produção e o consumo internos.
Além da revisão da Lei de Patentes, o grupo organizou sugestões em seis eixos temáticos para abordar a questão tarifária. O governo brasileiro, por sua vez, considera retaliações no âmbito das patentes e da propriedade intelectual como uma possível resposta às tarifas, com base em precedentes de disputas anteriores na Organização Mundial do Comércio (OMC). Em 2013, o Brasil já havia iniciado um processo de retaliação contra os EUA devido a subsídios ao algodão, que resultou em negociações para um acordo.