Centrais sindicais e movimentos sociais, incluindo as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, planejam manifestações em frente à embaixada e consulados dos Estados Unidos na próxima sexta-feira, 1º de agosto. A mobilização ocorre em resposta ao tarifaço de 50% assinado pelo presidente Donald Trump, que entraria em vigor na mesma data, mas foi adiado para o dia 6 de agosto, conforme decreto publicado na quarta-feira, 30.
Sérgio Nobre, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), classificou a medida como uma agressão à soberania brasileira, afirmando que a tarifa não é apenas uma questão comercial, mas uma interferência política. Nobre destacou que a resposta do Brasil deve ser firme, ressaltando a importância de não ceder à pressão dos Estados Unidos e de explorar mercados alternativos.
O presidente da CUT também alertou sobre os setores que podem ser mais afetados pelo tarifaço, como a produção de madeira e ferro-gusa, que são predominantemente voltados para exportação aos EUA. No entanto, ele garantiu que existem mecanismos para evitar demissões, como antecipação de férias e layoff, e que até o momento não houve relatos de empresas anunciando cortes de empregos devido à nova tarifa.
As manifestações programadas para a próxima sexta-feira também incluirão outras reivindicações, como o fim da escala 6×1, isenção do imposto de renda para salários de até R$ 5 mil, taxação de super ricos, redução da jornada de trabalho, e protestos contra a pejotização e o genocídio em Gaza. Os atos estão confirmados em várias capitais, incluindo São Paulo, onde a concentração está marcada para as 10h.