De acordo com dados da Superintendência de Pesquisa e Estratégia (Supesp), divulgados pela Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) nesta segunda-feira (14), o Ceará registrou 24 casos de feminicídio no primeiro semestre de 2025. O número representa um aumento de 26,3% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando foram contabilizados 19 assassinatos de mulheres por razões de gênero.
Os casos ocorreram em diversas cidades, incluindo Fortaleza, Sobral e Juazeiro do Norte, e as vítimas tinham idades entre 18 e 57 anos. A maioria dos crimes foi cometida com armas brancas, seguidas por armas de fogo. Junho se destacou como o mês mais violento, com 11 feminicídios, o maior número desde 2018, quando a Supesp começou a registrar esses dados.
Entre os casos mais impactantes, destaca-se o assassinato de Lorena Ferreira, de 18 anos, decapitada por um homem de 62 anos que não aceitava a rejeição. Outro caso relevante é o de Rafaela de Lima Almeida, de 29 anos, que foi esfaqueada pelo ex-marido em Juazeiro do Norte e faleceu quatro dias após o ataque. A violência contra mulheres no Ceará tem gerado preocupações sobre a normalização desse tipo de crime na sociedade, conforme aponta a psicanalista Macedônia Felix, que destaca a necessidade de uma mudança cultural para enfrentar essa realidade.