Dados do Corpo de Bombeiros Militar do Ceará (CBMCE) revelam que 75% dos resgates por afogamento no estado ocorrem na Praia do Futuro, em Fortaleza. Entre janeiro e junho de 2023, foram registrados 347 afogamentos no Ceará, com 262 ocorrências na capital. Outros municípios, como Caucaia e Jijoca de Jericoacoara, também apresentaram números preocupantes, com 32 e 6 casos, respectivamente.
O estudo do CBMCE aponta cinco principais riscos que contribuem para os afogamentos na Praia do Futuro: correntes de retorno, desníveis abruptos no fundo do mar, topografia irregular, instabilidade natural e a presença de caravelas-portuguesas e águas-vivas. As correntes de retorno, em particular, são destacadas como o maior fator de risco, pois podem enganar os banhistas com sua aparência calma.
Os guarda-vidas da Praia do Futuro enfrentam desafios constantes devido às condições oceanográficas e ao comportamento dos frequentadores. O CBMCE recomenda que os banhistas sigam orientações de segurança, como nadar apenas em áreas supervisionadas e evitar entrar na água sozinhos. Em caso de contato com organismos marinhos perigosos, é aconselhado lavar a área afetada com vinagre ou água do mar e procurar atendimento médico se necessário.