A CazéTV, canal de esportes digital criado por Casimiro Miguel, enfrenta uma onda de críticas e um movimento de boicote por parte de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A polêmica começou após uma piada do humorista Marcelo Adnet durante o programa "Copazona", transmitido no último domingo (20), que ironizou uma operação da Polícia Federal na residência de Bolsonaro. Adnet insinuou que a PF teria encontrado um pen drive revelando a verdadeira propriedade do canal, em referência a rumores de que a plataforma estaria ligada à Rede Globo.
As críticas, que já existiam devido a posicionamentos políticos de Casimiro e à cobertura dos Jogos Olímpicos de 2024, se intensificaram após a declaração de Adnet. A insatisfação se manifestou em redes sociais, onde perfis de direita passaram a classificar a CazéTV como "lixo" e a acusar o canal de usar o humor para atacar Bolsonaro. Apesar da mobilização, não houve uma queda significativa no número de inscritos, que ultrapassa 22 milhões no YouTube.
A polarização política no Brasil, acentuada desde as eleições de 2022 e os eventos de 8 de janeiro de 2023, tem gerado campanhas de boicote a diversas plataformas e figuras públicas que se opõem a ideais conservadores. Até o momento, a CazéTV não se pronunciou sobre a situação, e sua programação continua focada em transmissões esportivas, incluindo a Copa do Mundo de 2026, cujos direitos de transmissão foram adquiridos pela plataforma.