Estudos recentes revelam que, assim como os humanos, os cavalos também apresentam um lado do corpo mais dominante, podendo ser classificados como canhotos ou destros. Essa característica, conhecida como lateralidade, é fundamental para otimizar o desempenho dos equinos durante os treinos e garantir sua saúde e bem-estar. A observação atenta dessa preferência pode evitar lesões e tombos, beneficiando tanto o cavalo quanto o cavaleiro.
No Haras Serra Negra, localizado em Pompéia, São Paulo, a criadora Luciana Seron Costa inicia o manejo dos cavalos desde os 15 dias de vida, enfatizando a importância do equilíbrio entre os lados do corpo. "Aos três anos, eles já vão para a doma, onde intensificamos os movimentos, respeitando as preferências do animal para construir uma relação segura entre cavalo e cavaleiro", explica Luciana.
Fernando Corradi, criador e treinador em Pompéia, destaca que a identificação da lateralidade exige observação cuidadosa. Sinais como o passo do cavalo e a direção em que ele vira o pescoço podem indicar seu lado dominante. Ele alerta que ignorar essa característica pode resultar em estresse e comprometer a segurança durante a montaria.
Exercícios específicos são recomendados para fortalecer a musculatura do lado oposto ao dominante, promovendo um animal mais equilibrado e responsivo. Essa abordagem não apenas melhora o desempenho em competições, como a dos três tambores, mas também fortalece a parceria entre cavalo e cavaleiro, criando uma relação mais harmônica e segura.