A região de Campinas, São Paulo, registrou um aumento alarmante de 46,4% nos casos de Vírus Sincicial Respiratório (VSR) nas primeiras 28 semanas de 2025, em comparação ao mesmo período do ano anterior. De acordo com a Secretaria de Saúde, foram notificados 1.710 casos até 12 de julho, sendo que 9 em cada 10 pacientes são crianças de até quatro anos. Somente entre os menores de um ano, foram registrados 1.151 casos.
O VSR é uma das principais causas de infecções respiratórias em recém-nascidos e crianças pequenas, podendo levar a complicações graves como bronquiolite e pneumonia. O período sazonal do vírus geralmente ocorre entre maio e setembro, coincidindo com a estiagem e a redução da umidade do ar na região, fatores que aumentam a preocupação com doenças respiratórias.
Os especialistas alertam que o VSR afeta principalmente crianças menores de dois anos, com risco elevado de complicações fatais, especialmente em bebês com menos de seis meses. Em resposta ao aumento de casos, a Secretaria de Saúde informou que houve um crescimento de 18% nas Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAG) na região, totalizando quase mil casos até julho de 2025. Médicos esperam que a introdução de vacinas e anticorpos monoclonais em 2026 ajude a controlar a situação, com recomendações para que gestantes recebam a vacina Abrysvo, que transfere anticorpos aos recém-nascidos.