Em 2025, os Estados Unidos enfrentam um surto de sarampo sem precedentes, com 1.288 infecções confirmadas até agora, o maior número desde 1992, segundo os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC). O aumento alarmante, que supera o total de 2019, foi registrado em mais de dois terços dos estados, resultando em 27 surtos identificados, cada um com três ou mais casos relacionados.
Desde o início do surto em janeiro, três mortes foram registradas, incluindo duas crianças não vacinadas no Texas. A maioria dos casos ocorre entre indivíduos que não receberam a vacina, o que levanta preocupações sobre a queda nas taxas de vacinação infantil, que atualmente estão abaixo de 93% para crianças do jardim de infância, conforme dados do CDC.
O surto atual é atribuído a uma combinação de fatores, incluindo a redução do apoio à imunização durante a administração Trump e a desinformação sobre vacinas, como a falsa associação entre a vacina contra o sarampo e o autismo. Especialistas em saúde pública alertam que, se as tendências de vacinação não mudarem, os EUA poderão enfrentar mais de 50 milhões de casos de sarampo nos próximos 25 anos.
Recentemente, o Texas registrou uma diminuição nos casos, com 753 infecções desde janeiro, após um aumento nas vacinações. O epicentro do surto, o condado de Gaines, não é mais considerado uma área de surto, mas a situação continua crítica em outros estados, como Novo México, Oklahoma e Kansas, onde os casos estão interligados ao surto texano.