Uma criança de quatro anos e uma profissional de saúde de 29 anos testaram positivo para sarampo em Campos Limpos, Tocantins, conforme informado pela Secretaria de Estado da Saúde. Ambas não estavam vacinadas e apresentaram sintomas clássicos da doença após contato com pessoas que retornaram da Bolívia, onde há um surto ativo. As pacientes estão em recuperação domiciliar e as amostras de sangue foram enviadas à Fiocruz no Rio de Janeiro para confirmação dos casos.
O Ministério da Saúde enviou uma equipe técnica para auxiliar na contenção da doença, que inclui o monitoramento de pessoas que tiveram contato com as infectadas e um reforço na vacinação na região. Se confirmados, esses casos elevarão o total de infecções registradas no Brasil em 2023 para sete, sendo que os demais ocorreram em estados como Distrito Federal e São Paulo. Apesar disso, o Brasil ainda mantém a certificação de país livre de sarampo, concedida pela Organização Panamericana da Saúde (Opas) em 2022.
Mônica Levi, presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (Sbim), alertou que a situação em Tocantins é um sinal de alerta para os estados fronteiriços com a Bolívia. Ela destacou a importância do reforço da vacinação, especialmente em áreas de fronteira, para evitar surtos. A vacinação tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola, é recomendada para todos que não têm certeza de sua imunização, uma vez que a cobertura vacinal ideal deve ser superior a 95% para garantir a proteção da população.