A Justiça de São Paulo reclassificou, na última sexta-feira (11), o caso do marceneiro Guilherme Dias Santos Ferreira, que foi morto por um policial de folga em Parelheiros, zona sul da capital, como homicídio doloso. A decisão atende a um pedido do Ministério Público do Estado (MP) e o caso será encaminhado ao Tribunal do Júri, conforme informações do Tribunal de Justiça do Estado.
Guilherme, de 26 anos, foi atingido na cabeça por um tiro disparado pelo policial Fábio Anderson Pereira de Almeida, de 35 anos, enquanto corria para um ponto de ônibus após sair do trabalho na noite do dia 4 de outubro. O PM alegou ter confundido a vítima com um dos assaltantes que o havia abordado momentos antes.
Após o ocorrido, Fábio foi preso em flagrante, mas liberado após pagar fiança de R$ 6,5 mil. Inicialmente, o delegado de plantão classificou o caso como homicídio culposo, o que gerou críticas, incluindo da Ouvidoria de Polícia de São Paulo, que apontou a morte como um crime doloso e solicitou a apuração dos procedimentos adotados pela autoridade policial. A nota da ouvidoria ressaltou que o policial não seguiu os protocolos adequados, resultando na morte de um inocente.