A Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan) continua a implementar medidas rigorosas para combater a proliferação do mosquito Aedes aegypti nas obras de modernização da Estação de Tratamento de Esgoto Insular, em Florianópolis. Apesar da significativa redução de mais de 90% nos casos e 95% nos óbitos por dengue este ano, a empresa mantém a vigilância, especialmente durante o inverno, quando o ciclo de desenvolvimento do mosquito é mais lento.
As ações incluem inspeções diárias para identificar reservatórios de água parada e a aplicação semanal de cloro, visando eliminar ovos e larvas. O biólogo Renan da Costa, responsável pela supervisão ambiental das obras, alerta que a acumulação de água das chuvas em tanques e estruturas em construção pode criar potenciais criadouros para o mosquito, destacando a importância de manter os ambientes limpos.
Além das inspeções, a gestão de resíduos sólidos nas obras segue normativas rigorosas para evitar a formação de criadouros. As atividades de controle de vetores estão integradas ao plano de gestão ambiental do projeto, aprovado pelo Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA).
As obras na ETE Insular, com investimento de R$ 245 milhões financiados pela Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA), visam aumentar a capacidade de depuração da estação em quase três vezes, alcançando uma vazão máxima de 612L/s e implementando tecnologia avançada para o tratamento terciário do efluente, garantindo maior pureza e eliminação de nutrientes poluidores específicos.